Com o apoio do SindusCon-SP, o livro “História, desenvolvimento e tecnologia na construção civil em São Paulo” (BB Editora) aborda a evolução dos métodos construtivos ao longo do final do século 19 e do início do século 21, e também a formação do setor da construção civil na capital de São Paulo, como ressalta o autor.

“A partir da fundação da escola politécnica da USP, em 1893, e com os investimentos da elite cafeeira, surgiram as primeiras obras emblemáticas da cidade: Pinacoteca do Estado (1900), Theatro Municipal (1911), Estação Pinacoteca (1914), Palácio dos Correios (1922) e Palácio das Indústrias (1924)”, diz o jornalista Eder Santin.

 

Para compor o livro, o autor consolidou várias entrevistas. Entre elas, com o professor e engenheiro Paulo Helene, que destaca que a tecnologia na construção civil foi incorporada com a verticalização das obras. “A construção de edifícios altos, por si só, é um indutor de evolução tecnológica.

 

Nesse aspecto, a primeira obra importante da cidade foi o edifício Martinelli, de 1929 (30 andares). Depois do Martinelli, o desafio da altura tornou-se uma marca da cidade de São Paulo, destacando-se os edifícios altos que surgiram no centro da cidade (Zarzur, Altino Arantes-Banespa, Edifício Itália e Copan) e também no chamado centro expandido de São Paulo”, relata Santin.

 

O livro retrata parte do acervo fotográfico do SindusCon-SP, que, ao ser fundado em 1934, teve papel importante na incorporação de novas tecnologias construtivas e na vocação de São Paulo para obras inovadoras. Entre elas, o hotel Unique e o edifício e-Tower, recordista em resistência à compressão, com concreto de 125 MPa. “O valor é considerado um recorde mundial em resistência de concreto colorido”, afirma Jorge Batlouni Neto, da Tecnum, que construiu o edifício em 2002.

 

Tem ainda o prédio Torre Norte do CENU (1999), cujas fundações consumiram 2.700 m3 de concreto, em uma operação contínua com duração de três dias. Tema inesgotável Além dos aspectos históricos e técnicos, o livro destaca o importante papel da geração de construtores que ocupou o SindusCon-SP a partir dos anos 1990.

 

“Esses jovens empresários à época organizaram-se para buscar respostas para questões amplas e complexas sobre os temas que afetavam a indústria da construção, como produtividade, tecnologia, relacionamento com empregados, fornecedores e parceiros, meio ambiente e recursos naturais, legislação, economia e políticas para o setor (mercado imobiliário, habitação e infraestrutura). Graças a essa visão, o setor evoluiu em termos de conhecimento técnico e de gestão”, cita Eder Santin.

 

O autor avalia que o livro não esgotou o tema, e que novos volumes podem surgir. No entanto, ele procurou fazer uma ampla abrangência sobre a construção civil em São Paulo. “O livro conduz o leitor pelos principais pontos que marcaram o crescimento da cidade de São Paulo e o papel das empresas e dos engenheiros nesse percurso. Como um relato histórico, a obra trata de obstáculos e superações, na medida em que qualquer mercado – principalmente a construção civil – está sujeito a fatores econômicos, comportamentais, ambientais, tecnológicos e legais. A evolução do setor reflete a adaptação das empresas a esses fatores”, conclui.

 

Fonte: Blog Massa Cinzenta

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