A Copa do Mundo começa dia 14 de junho e a Rússia encara um dilema parecido com o que o Brasil enfrentou em 2014: o cronograma de conclusão dos estádios está atrasado.

Dos 12 palcos do mundial 2018, apenas cinco foram concluídos e testados. Para dificultar, a engenharia russa ainda enfrenta um inimigo extra: o inverno, que neste ano foi menos rigoroso, se comparado a outras regiões da Europa, mas mesmo assim com temperaturas que superam facilmente os 20 ºC negativos.

 

Prevendo problemas, as equipes de planejamento conseguiram concluir todas as fases de concretagem e instalações de estruturas pré-fabricadas antes que o frio chegasse. O que ficou para o período mais rigoroso do inverno foram as etapas relacionadas à montagem de estruturas metálicas. Mesmo assim, quatro obras ainda preocupam a Fifa. São as que envolvem os estádios Kaliningrado, Nizhny Novgorod, Samara e Mordovia. A tendência é que as instalações fiquem prontas a menos de um mês da Copa e que sejam testadas durante o evento.

 

O estádio Samara é, indiscutivelmente, o que mais preocupa o comitê organizador da Copa 2018. Além de seus custos terem aumentado 40 milhões de euros (cerca de 140 milhões de reais) em relação ao orçamento original, a construção sofreu com um incêndio no canteiro de obras em agosto de 2017. Além disso, o arco metálico que envolve a cobertura teve uma série de revisões no projeto. A promessa é que o estádio ficará pronto para receber jogos do mundial, mas seu entorno não, ou seja, não haverá sequer área para estacionamento.

 

O segundo estádio mais problemático é o Mordovia. Entre 2013 e 2015, a obra praticamente não andou. Havia dúvidas se valeria a pena construir uma arena em uma região que não tem o futebol como um dos esportes mais praticados, como é Saransk – às margens do rio Volga, no centro da Rússia europeia. A Fifa não permitiu a desistência, mas autorizou que a capacidade do estádio fosse reduzida para 28 mil lugares. A corrida, agora, é para realizar um evento-teste em abril de 2018.

 

Outro estádio na região do Volga que enfrenta atrasos no cronograma é o Nizhny Novgorod. Tubulações de gás que passam embaixo da obra explodiram em outubro de 2017, danificando parte das estruturas e exigindo que fossem refeitas. A sorte é que os estragos não afetaram fundações nem outros componentes de concreto. O ritmo de obras será retomado com intensidade em fevereiro de 2018 para que, até maio, a arena possa ser testada.

O mesmo ocorre com o estádio Kaliningrado. Localizada na ilha de Oktyabrsky, a obra sofreu com a falência da empreiteira que havia sido contratada. O projeto teve que ser revisado e enxugado. A ideia de construir um teto retrátil acabou descartada e a capacidade foi reduzida. As obras só foram retomadas em setembro de 2015, com um cronograma bem apertado. Mesmo assim, o comitê organizador avalia que em abril o estádio será submetido a um evento-teste.

 

Fonte: Blog Massa Cinzenta

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