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Inovação: prédio em São Paulo produz sua própria energia elétrica!

Com área construída de 167.700 m², o Pátio Victor Malzoni é o maior edifício corporativo da cidade de São Paulo e também o primeiro do país a ter uma usina termelétrica para atender sua demanda de energia. O prédio entrou em operação em 2012, mas constantemente ficava refém das oscilações de rede, principalmente em dias de chuva. A solução foi implantar um sistema que tornasse a edificação autossustentável. “Como somos um prédio comercial com várias empresas, não tem como deixar esse recurso faltar”, diz Flávio Engel, gerente de operações prediais da CB Richard Ellis – empresa que administra o condomínio.

A termelétrica instalada no edifício, tem capacidade para gerar 5.800 megawatts (MW) por dia. O equipamento funciona no modelo de paralelismo e opera com cinco geradores – dois a gás e três a diesel. “Por sermos um prédio sustentável, sempre optamos pelos geradores movidos a gás natural. Entretanto, para deixar o sistema mais eficiente, a operação de geração de energia é feita inicialmente com quatro geradores e, na sequência, são desligados os dois geradores a diesel, para que o fornecimento de energia siga com os geradores a gás”, explica Flávio. Quando funciona plenamente, a usina gera mais que o dobro de energia que o edifício necessita diariamente.

 

Localizado na região da Avenida Faria Lima, o Pátio Victor Malzoni opera com 35 elevadores e vários sistemas automatizados. Circulam pelas suas instalações cinco mil pessoas por dia. Mesmo autossuficiente, o prédio ainda opera interligado à rede. No horário de pico de energia, a usina responde por 90% da energia e 10% vêm da distribuidora de energia. “Quando nossos sistemas detectam oscilação ou outro tipo de falha nesses 10%, a central automaticamente assume o controle e comunica esse comando à distribuidora”, afirma Flavio Engel. A usina termelétrica opera desde setembro de 2016 e, em média, fica ligada durante 11 horas por dia.

 

O edifício não precisou passar por nenhuma reforma para receber a usina, pois seus projetos estrutural, arquitetônico e elétrico já previam a instalação do sistema. O Pátio Victor Malzoni tem uma planta inovadora. Sua laje central está elevada a 30 metros do solo e tem um vão de 44 metros. A arquitetura arrojada foi a solução para que o empreendimento preservasse. A construção antiga, do século 17, é um marco da colonização do estado de São Paulo e tombada como patrimônio histórico.

 

Para que mantenha o selo de prédio verde, o edifício conta com um sistema de catalisadores para mitigar o impacto ambiental causado especialmente pelos geradores a diesel. O empreendimento também conta com uma estação de efluentes, que trata a água e a faz retornar para o uso na irrigação de jardins e banheiros. É realizada ainda a coleta seletiva do lixo. A compostagem do material orgânico gera adubo, que é vendido para cooperativas de agricultores na região metropolitana de São Paulo.

 

Fonte: Blog Massa Cinzenta

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